Londres possui a mais antiga malha metroviária do mundo e, no verão, pode atingir níveis próximos a incrível marca de 50 °C no seu interior. Considerando que a temperatura indicada para o conforto térmico varia entre 22,5 °C e 25,5 °C, pode-se imaginar o mal-estar causado pela temperatura tão elevada. A antiguidade de suas instalações, que fascina tantas pessoas, também dificulta sua renovação, já que, quando foi concebido, não foram planejados dutos de ventilação para abrigar os modernos sistemas de ar condicionado, utilizados atualmente no controle da temperatura.

A umidade relativa também é um fator que deve ser considerado para garantir a comodidade dos usuários. Níveis altos ou baixos de umidade causam desconforto e, inclusive, podem ocasionar problemas respiratórios. Quando o ar contém uma baixa porcentagem de umidade, é absorvida a água dos elementos disponíveis. Isto é, tudo que estiver exposto a essa condição irá desidratar, em maior ou menor grau, de acordo com sua composição. Opostamente, além do desconforto para os usuários, temos outro problema quando a umidade relativa atinge altos patamares. Isso significa que o ar está carregando uma grande quantia de água em relação ao máximo admitido e, ao atingir certa temperatura, a água irá condensar, passando do estado de vapor para o estado líquido. Esse cenário pode ser causado pelo próprio sistema de resfriamento do ar, podendo gerar corrosão de parte dos equipamentos além de dificultar a manutenção e diminuir a vida útil.

Controlar a umidade e temperatura em estações subterrâneas, além de proporcionar um ambiente agradável para os passageiros, pode colaborar com a economia na manutenção do sistema. Transmissores de umidade e temperatura possibilitam o ajuste das condições do ar através do acionamento de dispositivos de ventilação e aquecimento nas estações de metrô. Além disso, podem estar ligados a um sistema de controle da umidade, mantendo o ar sempre nas condições ideais.